Ode ao silêncio: 10 eletrodomésticos que não "fazem barulho"

Você já ouviu o silêncio? Não, certo? Por uma simples razão: o silêncio absoluto não existe. Em qualquer situação, mesmo no meio do nada, sempre existe algum tipo de som.

No mundo existem várias 'salas de silêncio', lugares totalmente isolados do ponto de vista acústico, onde os únicos sons são os do seu próprio corpo. Quem entra não pode ficar mais do que alguns minutos, depois sente vontade de fugir.

Muitas vezes, porém, sente-se a necessidade de fugir até mesmo das situações mais comuns do dia a dia, que mantêm constantes os incômodos e nocivos níveis de ruído.A vida está cada vez mais agitada, feita de correrias, compromissos, prazos e também de uma contínua tagarelice sonora que torna o silêncio algo cada vez mais raro. Afinal, a palavra inglesa que traduz o barulho italiano é noice, que deriva do latim nausea. A etimologia dá uma boa ideia do incômodo causado por ruídos inúteis, já muito mal recebidos na antiguidade.

Silêncio: benefício também para a saúde

Até a ciência já demonstrou o quanto o silêncio - entendido como a ausência de ruído de fundo - é benéfico tanto para o corpo quanto para a mente. Ajuda a recarregar o corpo e, em geral, a promover um relaxamento total, mesmo no trabalho, melhor do que qualquer pausa para o café.

Não só isso; o silêncio demonstrou ter um efeito positivo na criatividade, na concentração e na gestão das emoções. Coloca-nos em maior contacto connosco próprios, prepara-nos para ouvir o mundo que nos rodeia, regula os níveis de pressão arterial, reduz os níveis de cortisol e adrenalina.Além disso, um estudo conduzido pela Duke University observou que duas horas de silêncio por dia podem promover o desenvolvimento de novas células cerebrais.

Pensamentos fazem barulho

O silêncio não é apenas externo, mas também interno. Não é por acaso que falamos de tagarelice mental para indicar os pensamentos que surgem na mente, encadeando-se uns aos outros e criando uma espécie de caos mental. Como evitá-lo? A meditação é o caminho certo. De fato, alguns estudos realizados com ressonância magnética observaram que a prática do silêncio interior e da meditação reduzem a ruminação dos pensamentos.

Todos nós precisamos de silêncio. Um bem essencial, como o oxigênio para respirar. Em vez disso, nós o desperdiçamos em um caldeirão diário de sons e ruídos, alguns inevitáveis e outros resultantes apenas de maus hábitos. Atordoado por barulhos altos, pense em quem mora perto de um aeroporto, e por grandes violências, como a sofrida por cidadãos cercados à noite pelo caos da vida noturna metropolitana.

Mas também perturbados por pequenos sons, os dos gestos e hábitos mais simples, que, somados ao longo de um dia inteiro, mergulham as nossas vidas no túnel de um ruído de fundo quotidiano, onde o silêncio desaparece. O trinado do telemóvel, o som de uma buzina, o ruído abafado mas persistente dos electrodomésticos (a centrífuga da máquina de lavar roupa, o aspirador, a máquina de café) Muitas vezes já nem nos apercebemos, mas são sempre ruídos que perturbam a nossa paz e que, sobretudo, nos acompanham a intervalos regulares ao longo do dia.

Ruído: os riscos à saúde

Não pense que o barulho é apenas irritante ou não ajuda na concentração. Também pode causar danos à nossa saúde mesmo quando não é ensurdecedor, mas ainda constante e persistente. Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde, as pessoas com problemas auditivos em 2001 eram meio bilhão, até 2030 dobrarão.As causas? Trabalho, trânsito e diversão. Por outro lado, pense que a poluição sonora causada apenas pelo tráfego causa danos a 44% da população da União Europeia e custa 326 bilhões de euros à saúde pública da UE.

Mais silêncio na casa

Se é verdade que não podemos controlar os ruídos que nos rodeiam quando estamos fora de casa, também é verdade que dentro de quatro paredes há muito que podemos fazer para limitar ao máximo ruídos desnecessários. A começar pelos eletrodomésticos que escolhemos.

O baixo nível de ruído desses dispositivos é cada vez mais apreciado também porque alguns podem ser particularmente irritantes. Além disso, com menos incômodo acústico, podem ser operados também nos horários noturnos menos onerosos, ou de descanso. Na etiqueta energética, além dos dados técnicos e de consumo, o nível de ruído é indicado em decibéis (dB A), valor que devemos considerar antes de comprar.

Um dos eletrodomésticos que mais incomoda, por exemplo, é a geladeira, cuja emissão sonora é determinada pelo motor, que entra em funcionamento para manter o frio constante. Um dispositivo em torno de 35-38 decibéis já pode ser considerado pouco barulhento.

As lava-louças também costumam ter uma média de emissão sonora bastante alta, que oscila entre 33 e 42 decibéis. E quanto às máquinas de lavar, o ruído gira em torno de 70 decibéis.

Na cozinha encontramos exaustores cujo ruído é provocado pelo motor, mas também pela passagem de ar no interior das condutas porque o escoamento encontra vários obstáculos. Um bom exaustor deve ter um nível de ruído não superior a 60 decibéis.

Uma última palavra sobre aspiradores que foram aprimorados otimizando a eficiência do fluxo de ar e limitando sua dispersão para reduzir o nível de emissão sonora.

Na galeria acima, alguns dos electrodomésticos mais silenciosos que, no entanto, mantêm elevados níveis de eficiência. Portanto, menos ruído, mas não menos desempenho de qualidade.

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