Mina, o ícone atemporal da maquiagem olho de gato

Maquilhagem e perfumes

Oitenta anos em 25 de março, Mina Mazzini, a diva da música italiana, modas e costumes não os seguiram, eles os anteciparam. Entre as primeiras a usar minissaia na TV nacional, ela também foi uma pioneira no palco da música italiana por fazer exatamente isso linguagem magnética que é maquiagem. Especialmente o maquiagem dos olhos, uma arte surrealista para ela feita de sombras, lápis e kajal com o qual ela conseguiu fazer o seu olhar era uma assinatura tão inconfundível quanto sua voz.

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Dissidente para a boa tonelada dos anos sessenta, mais ousado e visionário em comparação com a "maquiagem fashion" lançada nesses mesmos anos pela top Twiggy, aquele jeito inusitado de se maquiar logo se torna, junto com os cabelos ruivos de Ticiano e os trajes esvoaçantes, parte da iconografia que consagra Mina como um ícone inesquecível. Não apenas no estilo, mas no traje.

O truque de "cortar vinco"

Do olho de gato escandaloso esticado em vestido preto e glitter no videoclipe de "De novo, de novo, de novo" em 1978 até versão retro-futurista que se destaca na capa do (penúltimo) álbum Maeba de 2021-2022, a maquilhagem gráfica mas lânguida dos olhos continua a ser uma das suas vanguardas: ora sonhadora, sombreada em esfumaçado ultra-intenso esfumaçado, outra arrojada e gráfica, forte com toques pictóricos e ásperos, como maxi cílios e underliners, traços decisivos sob os cílios inferiores.

Por que o assim chamado "Corte vinco", o detalhe sempre presente em seus looks, foi um truque bastante em voga entre as divas do cinema, de Audrey a Sophia Loren: literalmente “Maquilhagem que corta a pálpebra”, consiste em traçar uma linha mais ou menos nítida, em negrito, que redesenha o vinco palpebral um pouco mais alto, de forma um pouco mais alongada ou inclinada do que realmente é.

Mas se no palco serviu para amplificar a expressividade do olhar, para Mina torna-se um elemento provocador, experimental. Muitas vezes branqueava as sobrancelhas, para dar às pálpebras uma dimensão maxi, teatral. Uma caricatura onírica e ousada daquela beleza canonizada e perseguida pelo cinema.

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