Wanderlust, férias 2023: os destinos mais populares

Já houve uma boa recuperação no verão de 2022, mas este ano o entusiasmo por viajar é ainda maior e, segundo as previsões, atingirá, e provavelmente até ultrapassará, os níveis de 2019.

Após uma pandemia, no entanto, alguns hábitos dos viajantes mudaram e o Ipsos-Europ Assistance Holiday Barometer revela novas tendências e intenções futuras.

Wonderlust: Maior na Europa desde 2011

Segundo a análise, 78% dos europeus declaram-se entusiasmados ou muito satisfeitos por viajar e 75% (o valor mais elevado desde 2011) pretendem partir para as férias de verão. Na Itália, o percentual é ainda maior, 83%, 8 pessoas em 10.

A propensão para reservar com antecedência é crescente: 34% dos inquiridos afirmaram já ter reservado as suas férias, 58% já o fizeram ou o fizeram com pelo menos 2 meses de antecedência e 31% anteciparam a reserva face a o que fez no passado.

A inflação não impede a vontade de viajar

Inflação e alta de preços preocupam os italianos, mas não aplacam a vontade de ir embora. E, de facto, o orçamento médio para férias está a crescer, ainda que ligeiramente, atingindo os 1.800 euros.

53% da amostra espera aumentá-la, ainda que os italianos se confirmem entre os mais atentos da Europa à poupança na escolha de destinos mais próximos de casa, alojamento, meios de transporte e na procura de ofertas de última hora.

As preocupações relacionadas à Covid diminuíram drasticamente, -19% em relação a 2022, o que não deixou efeitos significativos nos hábitos de viagem dos italianos.

Mais e mais viagens ao exterior

A forte recuperação das viagens ao exterior continua, já observada em 2022. Segundo o Ipsos-Europ Assistance Holiday Barometer, o número de pessoas que planejam uma viagem para um país estrangeiro está aumentando, 44%, especialmente entre os mais jovens: eles são 73% na faixa etária de 18 a 24 anos.

Por outro lado, as viagens de carro diminuíram, -8%, e as de avião aumentaram, +5%, para chegar a destinos mais distantes. Apesar disso, os italianos, juntamente com os franceses e espanhóis, estão entre os que mais permanecem dentro das fronteiras nacionais, 59%.

O destino estrangeiro preferido dos italianos é a Espanha indicada por 15% da amostra, seguida pela França e Grécia, 9%. Destinos favoritos na Europa confirmados: Itália, França e Espanha.

Na hora de escolher destinos, os italianos ainda preferem balneários, 63%, mas o interesse por cidades artísticas é crescente, 26%. Os hotéis continuam a ser a principal escolha de alojamento, 46%, e os Bed&Breakfasts estão a crescer, sendo a preferência de 31% dos inquiridos.

Verão 2023 entre descontração, trabalho e turismo sustentável

Para a maioria dos italianos, férias significam relaxamento, com a família ou amigos. Cresce o número de pessoas que viajam para conhecer novas culturas, 28%, ou para ampliar amizades, 12%. O número de pessoas que afirmam viajar sozinhas também está aumentando.

O fenómeno do trabalho está a crescer fortemente, acima da média europeia, com 38% dos italianos, sobretudo entre os 18 e os 34 anos, a considerar a possibilidade de trabalhar a partir de um destino de férias, para prolongar ou antecipar o tempo de permanência no local de férias.

Finalmente, os italianos estão entre os mais inclinados na Europa a adotar formas de turismo sustentável para proteger o meio ambiente e apoiar as comunidades locais.

A pesquisa mostra, no entanto, em geral na Europa, uma lacuna entre ações e intenções: diante de uma maior atenção declarada ao meio ambiente, o uso do avião aumenta e apenas 9% dos europeus declara levar em conta o impacto ambiental ao escolher o meio de transporte.

Pós pandemia, italianos estão cada vez mais cuidadosos

Segundo o relatório, os italianos estão entre os mais atentos da Europa ao imprevisto que pode acontecer durante a viagem: 79% estão preocupados com uma experiência ruim, 75% expressam medos relacionados ao seu estado de saúde e 63% % para viagens.

A pesquisa revela ainda um aumento da propensão para a contratação de seguros e as garantias mais solicitadas dizem respeito a despesas médicas (71%) e cancelamento de viagens (63%).

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