Resistência à insulina e gordura abdominal: o que fazer

A gordura da barriga aflige a maioria das mulheres e homens, especialmente à medida que envelhecemos. Tentativas de dieta, treinos, cremes "milagrosos" e os chamados suplementos para "desinchar a barriga" são inúteis. Para consertar as coisas não só do ponto de vista estético - sabe-se que a gordura visceral pode aumentar o risco cardiovascular - seria preciso entender se alguém tem uma forma de resistência à insulina. Fala-se muito sobre isso, mas nem todos sabem exatamente o que é, o que implica e com que sinais se anuncia. Qual a relação com a diabetes, com a gordura abdominal e com o aumento da idade.Conversamos sobre isso com o Dr. Alessandro Finotto, Biólogo Nutricionista e Gerente Sênior de Nutrição MÉTODO IPC.

O que é resistência à insulina

«A resistência à insulina é definida como a incapacidade da insulina de aumentar a absorção e o uso da glicose. Isso resulta em transporte de glicose mediado por insulina insuficiente no sistema músculo-esquelético e tecido adiposo. Além disso, o pâncreas produz mais insulina do que o normal, resultando em uma condição conhecida como hiperinsulinemia», explica o especialista.

Gordura abdominal e aumento da idade

A gordura da barriga costuma estar relacionada à idade: por volta dos 50 anos, mesmo as pessoas com corpo mais magro reclamam de rolinhos incômodos e barriga inchada. «Estudos indicam que a resistência à insulina aumenta com o aumento da idade, mas também e sobretudo aumenta em função da gordura abdominal. A resistência à insulina também pode ser definida como uma condição em que as células têm uma sensibilidade pobre à insulina», explica o Dr. Finotto.

Quais são as causas da resistência à insulina

Se você está em um estado de resistência à insulina, é difícil perder gordura. Geralmente, ao contrário, a gordura corporal começa a se acumular gradualmente no abdômen e na região glúteo-femoral. Ocorre então a esteatose hepática, o chamado fígado gorduroso, que piora o quadro por favorecer maior acúmulo de gordura corporal. As principais causas são:

– consumo excessivo de alimentos calóricos

– f alta de atividade física

– estresse

– não dormiu o suficiente.

Os sintomas da resistência à insulina

«Exaustão e sonolência frequentemente associadas ao pós-almoço, sensação contínua de fome, dificuldade de concentração. Mas também um ligeiro aumento da pressão arterial, triglicerídeos e colesterol LDL, excesso de peso», acrescenta o Dr. Finotto.

Quais testes de diagnóstico?

Para ter um diagnóstico adequado de Resistência à Insulina é necessário um simples exame de sangue chamado Índice Homa. As concentrações plasmáticas de glicose e insulina em jejum são avaliadas na prática clínica. Às vezes também é utilizada a curva glicêmica clássica, que na presença de resistência à insulina apresenta uma tendência relativamente normal, apenas para apresentar - após várias horas - um rápido declínio da glicemia (devido à hiperinsulinemia).

Quais doenças a resistência à insulina causa?

A resistência à insulina não diagnosticada e corrigida inadequadamente pode aumentar o risco de diabetes mellitus (tipo 2), doenças cardiovasculares, doenças oncológicas, doença hepática gordurosa (não alcoólica) e problemas lipídicos como hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia”. .

Que soluções existem?

«Uma dieta baseada na moderação calórica e no consumo de alimentos com baixo índice glicêmico», explica Finotto.Frutas, legumes, leguminosas, nomeadamente: grão-de-bico, sumo de laranja, maçã, tomate, alperce (desidratado mas não adoçado), pêra, arroz integral, iogurte magro, leite magro, amendoim.
Neste link a tabela de alimentos com baixo índice glicêmico.
«É importante escolher alimentos integrais e fazer atividade física regular. Seguindo o conselho do seu médico, você pode eventualmente usar suplementos alimentares específicos para o controle normal do açúcar no sangue: esta é uma abordagem sensata para evitar o risco de resistência à insulina.

O que é Síndrome Metabólica

A síndrome metabólica (também conhecida como síndrome de resistência à insulina) é uma situação clínica em que vários fatores relacionados se combinam para aumentar a possibilidade de desenvolvimento de doenças que afetam o sistema circulatório e diabetes. Existem várias anormalidades metabólicas como:

  • obesidade central
  • dislipidemia
  • resistência à insulina
  • hipertensão arterial
  • disfunção endotelial ( alteração da função endotelial normal, que envolve a perda de algumas características estruturais e/ou funcionais)

Os 3 fatores de risco

Para fazer um diagnóstico correto da síndrome metabólica, pelo menos três dos seguintes fatores de risco devem estar presentes», explica o especialista:

  • Quantidade excessiva de gordura corporal abdominal
  • altos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos no sangue
  • baixos níveis de colesterol HDL (40MG/DL MASCULINO, 50MG/DL FEMININO)
  • hipertensão arterial
  • níveis elevados de glicemia de jejum acima de 100 mg/dl
  • níveis elevados de triglicerídeos acima de 250 mg/dl

Como você trata a Síndrome Metabólica?

«É essencial uma dieta mediterrânea correta, que favorece a contenção da insulina mantendo um nível glicêmico ideal, para que a insulina seja liberada corretamente sempre que o nível de açúcar no sangue aumentar. Precisamos eliminar açúcares refinados e amidos, focar em massas integrais, arroz, pão e pizza. Os hidratos de carbono devem ser reduzidos para 60-80 g por refeição», recomenda Finotto.

Como evitar picos de açúcar no sangue

«Nunca pule o café da manhã e escolha-o balanceado, com frutas frescas da estação, carboidratos integrais e uma boa fonte de proteína, para evitar picos de hiper e hipoglicemia. Leve à mesa alimentos de baixo índice glicêmico e combine vegetais e proteínas com os de alto índice glicêmico, como o arroz, assim a refeição como um todo terá uma carga glicêmica baixa. Devemos então reduzir o leite e seus derivados.

As características que não podem f altar em uma dieta para reduzir a resistência à insulina, mesmo sem que ocorra perda de peso, são:

  • aumento de frutas e vegetais
  • redução de gorduras saturadas e trans
  • ganho de gordura insaturada
  • equilíbrio entre ômega 6 e ômega 3

Além destes, especialmente em condições de sobrepeso e obesidade, uma dieta hipocalórica voltada para a perda de peso só pode melhorar significativamente a situação, tanto em termos de resistência à insulina quanto de saúde geral», explica o especialista.

Suplementos naturais que podem ajudar

«Com o consentimento do seu médico, é então possível contrariar os efeitos causados pela resistência à insulina, ou preveni-la, recorrendo a suplementos naturais como:

Picolinato de cromo (propriedades hipoglicêmicas)

Probióticos

Berberina (é capaz de diminuir os níveis de açúcar e colesterol no sangue. Se tomado como suplemento pode melhorar diabetes tipo 2, hiperlipidemia e reduzir a hipertensão)

Ácido alfa lipóico Prebióticos – Fibra

Chá verde (De acordo com um estudo publicado no FASEB Journal, o chá verde também é funcional na redução do peso corporal e da resistência à insulina)», recomenda Finotto.

Manchas na pele, Resistência à Insulina e Síndrome Metabólica: qual é a relação?

«A pele é definida como um órgão espião, pois representa uma ferramenta através da qual é possível ver e compreender o que se passa no interior do corpo. Inúmeras patologias, como diabetes, doença inflamatória intestinal, doenças autoimunes e neoplasias, correspondem a manifestações cutâneas de vários tipos. Até o momento sabemos que existe uma correlação entre doenças de pele e resistência à insulina (RI)», continua o especialista.

Resistência à insulina e acne

«Até o momento, há evidências crescentes que atribuem um papel central ao IGF-1 e à resistência à insulina na patogênese da acne.Estudos recentes confirmam a correlação entre os níveis séricos de IGF-1 e a gravidade da acne, pois esse fator, por sua vez, promoveria a lipogênese nos sebócitos por meio da indução da proteína 1 de ligação ao elemento de resposta a esteroides (SREBP-1), capaz de modular a expressão de genes envolvidos na a síntese de ácidos graxos, desencadeando assim o mecanismo etiopagenético da acne», explica o Dr. Finotto.

Resistência à insulina e ovário policístico

«Agora está provado que a acne não é uma simples condição relacionada à idade, mas muitas vezes faz parte de um distúrbio endócrino maior. Uma das mais comuns é a SOP (“Síndrome do Ovário Policístico”), que se manifesta com anovulação crônica, ovários policísticos, acne, hiperseborreia, hirsutismo, alopecia. Em particular quando a acne envolve mulheres na idade adulta, deve-se sempre suspeitar de SOP», explica o Dr. Finotto.

O que há de novo no Método Ipc?

«Ipc Method® trabalha diretamente na resistência à insulina com uma combinação extraordinária de suplementação alimentar natural patenteada e nutrição de baixa carga glicêmica. O alto teor de fibras lipossolúveis presentes nos suplementos reduz naturalmente a absorção de açúcares no intestino, modula a glicemia, trazendo o organismo à calma insulinêmica e reduz o risco de hiperinsulinemia. Graças à plataforma de telemedicina, a equipe de biólogos nutricionais especializados em nutrição clínica organiza planos alimentares personalizados para os clientes de nossos centros de beleza avançados que usam o método ipc®», conclui o Dr. Finotto.

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