Depois de anos em que o imperativo era esconder, camuflar, dissimular, a roupa íntima feminina, até a cor da pele, está de volta à tona. Uma tendência que se insinuou pela primeira vez na passarela, onde designers emergentes e maisons de prestígio a recusaram com base em sua própria estética. Depois, entre as celebridades, que fizeram da moda de lingerie e modeladores não apenas um item obrigatório, mas também um interesse empresarial (veja Kim Kardashian). Vislumbres, exibições abertas e truques de estilo que redefinem o conceito de feminilidade. Nascida para não ser notada, a lingerie nude agora se mostra desafiando as leis da elegância e quebrando as regras do código de vestimenta.
Couça íntima feminina nude: desde quando está na moda mostrar?
Durante a turnê Blond Ambition em 1990, Madonna encantou a todos com seu sutiã cônico característico de Jean Paul Gaultier, exuberante e irreverente, usado apenas com meia-calça preta e espartilho combinando. Nos anos 2000, todas as maiores estrelas pop, incluindo Britney Spears, Kylie Minogue, J.Lo e Destiny's Child, usavam um. Alguns cobertos de cristais Swarovski, alguns combinados com calças de couro e alguns com uma regata bem transparente.
A moda da cueca como agasalho (ou seja, cueca usada como roupa) existe desde bem antes desta temporada, registrando períodos de grande fama e outros em que não era bem vista. Ligado a ícones da cultura pop, como hoje acontece com as estrelas, o que nasceu originalmente para esconder o corpo da mulher, hoje é o detalhe do estilo que a fará se destacar.
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Shapewear e lingerie modeladora
A fortiori quando se fala em shapewear, ou seja, sutiãs, bodys e corsets modeladores, o efeito segunda pele também dado pelas tonalidades cor de pele sempre foi essencial. Dos tecidos, à costura, às persianas: tudo é feito para não ser visto. Mas, como também notamos na passarela, tudo mudou. Graças a algumas novas marcas que são glamorosas demais para serem escondidas, como Skims de Kim Kadarshian ou Spanx, até a lingerie de modelagem agora é visível. Palavra de celebridade.
A principal tendência na passarela
Em busca de confirmações, as grifes e maisons mais badaladas do sistema fashion vêm em socorro. Nas passarelas Outono Inverno 2022 2023, a Versace combinou o clássico terno masculino preto total com um sutiã cativante com armação neutra. Gucci, no mesmo comprimento de onda, brinca com os contrastes entre volumosas peles ecológicas e desenhos românticos de rendas.
Nensi Dojaka, que fez de bodysuits e roupas íntimas femininas sua assinatura, foca em looks cor de carne da cabeça aos pés. E enquanto a Miu Miu, com a coleção mais viral da estação, traz combinações de cetim cor de pó nas saias e calças, a Fendi lembra as rendas das roupas de dormir com tops de tule e suéteres.
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Inspirações para looks (quase) cotidianos
Para uma primeira abordagem à tendência de roupas íntimas visíveis, usá-las com jeans é um excelente ponto de partida. Capazes de deixar até os bodys e corsets mais casuais e ao alcance do dia a dia, eles combinam com camisas que ficam apenas desabotoadas ou suéteres com decotes largos. Para looks mais esportivos, você pode optar por sutiãs e sutiãs de algodão, combinados com agasalhos e conjuntos de malha.
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Ou, em versão sensual, com ternos masculinos de modelagem soltinha e tons escuros para a noite. Ou com desenhos mais formais, em tecidos versáteis, para serem usados com tênis ou mocassins, para o dia.
Jogando com os contrastes e o efeito peek-a-boo, até o habitual sutiã ou body pode ser redescoberto como peça chave para o inverno 2022/23.