Diabetes e Dia dos Namorados: como vivê-lo a dois – iO Donna

Diabetes está presente 365 dias por ano. Incluindo o Dia dos Namorados. Mas o Dia dos Namorados traz de volta a atenção para os casais, mesmo aqueles que compartilham uma das condições crônicas mais comuns, como o diabetes. Quais são as vantagens da gestão conjunta da doença? Perguntamos à Dra. Maria Chantal Ponziani, Diretora da Estrutura Departamental Simples de Diabetologia e Doenças Metabólicas da ASL de Novara.

Suporte emocional melhora patologia

«Num casal em que o parceiro tem diabetes, a componente afetiva desempenha um papel fundamental e tem-se revelado capaz de melhorar a gestão desta patologia.Se por um lado existe o pedido de ajuda na gestão da doença, por outro existe a resposta de quem quer estar preparado para poder oferecer o melhor apoio emocional e prático. Um apoio muito importante desde que não perturbe o equilíbrio do casal e também pode contar com soluções tecnológicas para controlar a diabetes em paralelo», explica o Dr. Ponziani.

Diabetes: o benefício do apoio igualitário

A participação do parceiro no tratamento depende de muitos fatores, entre eles a motivação, o tempo que pode dedicar e o nível de envolvimento que deseja ter. Entre as questões críticas, está a dificuldade em encontrar a forma correta de fazê-lo, entre excesso de proteção ou excesso de distanciamento. «São inegáveis as vantagens que decorrem da partilha aberta da doença com o parceiro. Vejo muitos casais que se unem para me pedir ou me oferecer soluções que possam se adaptar à sua rotina. Eles demonstram apoio mútuo muito mais igualitário do que a dinâmica familiar quando é o filho ou a filha que tem diabetes.O equilíbrio que se estabelece no casal permite compreender muito melhor as novidades, como é o caso dos dispositivos médicos para a diabetes e viver a experiência positiva com o seu parceiro», continua o especialista.

Diabetes e casais adolescentes

«Ao contrário dos adultos, os casais de jovens aceitam com muito mais serenidade o fato de contarem seu problema e perguntarem se querem resolvê-lo junto com o parceiro. É uma partilha plena, de amor absoluto, que também pode conter uma doença crónica como esta, descobrindo juntos as vantagens de a enfrentar. Em suma, uma espécie de: eu te amo e te ajudo! É como se fosse desencadeada uma competição solidária para deixar o namorado ou a namorada à vontade», sublinha o Dr. Ponziani.

Atenção para o seu parceiro com pequenos gestos

«Pequenos gestos, como abrir mão de doces ou bebidas açucaradas para não criar diferenças e sofrimentos mútuos.Também os acho muito serenos no trato da intimidade graças também à tecnologia, tanto para a administração de insulina como para o controlo da glicemia com pequenos aparelhos não invasivos, que facilitam a gestão destes momentos particulares, melhorando o controlo glicémico e a aceitação das ferramentas terapêuticas», tranquiliza o especialista.

Como prevenir oscilações de açúcar no sangue

«A tecnologia se confirma como a ferramenta mais adequada para evitar excursões glicêmicas excessivas graças ao monitoramento contínuo da glicemia e à possibilidade de ter informações antecipadas sobre a evolução da glicemia. Além disso, graças às bombas de insulina, é possível adequar melhor a administração do medicamento, ajudando a prevenir a hipoglicemia e a hiperglicemia. Isso significa maior tranquilidade também para o parceiro, que pode acompanhar o progresso da glicemia e da insulina ao vivo pelo smartphone.Em suma, uma gestão sem tensão dada a ausência de furos e medições manuais e, a pensar no tão esperado Dia dos Namorados, e um jantar tranquilo», conclui o Dr. Ponziani.

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