Relacionamentos e sexo: as 6 histórias típicas

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Amor e sexo

Cara Ester,
Ele me adiciona (infelizmente) no Facebook. Vamos conversar um pouco, ele me fala entre uma conversa e outra que ele vai todos os dias a um parque específico com o cachorro dele e então se eu for … Depois de alguns dias eu vou. Sorri e ri. A partir daí começa a fazer-se sentir todas as noites, estou disponível mas nunca tomo a iniciativa. Ele me convida todas as noites para um jantar fantasma que nunca chega. O nós chega, ele desaparece. Ele reaparece na terça-feira seguinte. Eu retiro, ele insiste que insiste. Em suma, faz a paz. Ele me convida para um almoço com seus amigos, eu digo não. Nos encontramos novamente na mesma noite, ele não sorri, o silêncio reina. Eu vou embora. Ele desaparece novamente em todo o nós e ainda não reapareceu. Em tudo isso, nunca nunca toquei. Ok, agora me dê um tapa.
G.

Querida.,

mas que bofetadas. A breve exposição do psicodrama já diz cura. Oito versos nada extravagantes, mas nada indulgentes. Você vê que não está tentando explicar, persuadir, adicionar enfeites persuasivos. O progresso sobre o tipo comum de relacionamento imaginário é que você viu esse indivíduo. Pense naqueles que ficam conversando com contas. No entanto, o fato de tê-lo conhecido pouco importa e não ajuda. O desaparecimento no fim de semana pode sugerir uma família executiva (ou namorada). Não sabemos, provavelmente não saberemos, certamente não devemos nos importar.

Brava, entretanto. Isso é feito com relacionamentos imaginários. Passe por eles, sinta-se estúpido, siga em frente. Voltemos às várias encarnações do amor disfuncional. Já dissemos que a experiência não se acumula neste campo e a capacidade de agir não resiste à presença do sentimento. "Amar" e "saber o que fazer" nunca os terá juntos.

A sucessão sentimental de Fibonacci é um tema caro e banal desta coluna. Aqui está um resumo:

  1. O relacionamento de fantasia.

Era uma vez um Sujeito Amoroso. A primavera chegou e ele se apaixonou. Bastou um punhado de mensagens, alguns telefonemas educados, para nos vermos uma vez a cada três meses. Nada mais aconteceu. O tempo foi passando, e o sujeito amoroso se resignou a desistir (até a imaginação tem seus limites), foi uma espécie de sair sem ninguém para sair.

  1. O relacionamento só você.

O assunto amoroso sofreu, mas evidentemente não o suficiente. Ele quer se apaixonar, sempre forte, mas desta vez de forma mais concreta. A sorte favorece os ousados, ele repete para si mesmo.

O amor em vez da ousadia não liga, na verdade vai mal. Você nunca vai gostar de quem gosta muito de você, o excesso de desejo é repulsivo. A triste lição que ele aprende é: a armadilha não precisa correr atrás do mouse. O Sujeito Amoroso entende que os sentimentos são a parte da vida que caminha em uma direção obstinada e oposta: insistir é inútil. Muita determinação dói. Ajuda apenas o amor não estar apaixonado. O Sujeito Amoroso põe a mão na testa e se desespera.

  1. O relacionamento estratégico.

O assunto amoroso é uma tolice, mas até certo ponto. Agora a ilusão se tornou controle. Não se deixe enganar. É hora de estratégia. O sujeito amoroso monta um sistema apurado de armadilhas: não chama, responde pouco e a frases curtas faz ansiar. No lugar de "sim" ele escreve ok. Ok, sem dormir. “E vou embora antes que ele se canse de mim”, acrescenta, no auge da tática.

É claro. De manhã você pode até fingir ser um super-homem, à noite você volta a ser o sub-homem manco que sempre foi, disse aquele francês.

  1. O relacionamento infeliz.

O sujeito amoroso agora entendeu. Se fosse geometria, o amor seria uma ladeira. Simétrico e até não existe. Chega de táticas, então. Finalmente, ele fica noivo de uma pessoa por quem está perdidamente apaixonado. Todas as noites, antes de dormir, a pergunta "como vamos?" O casal é uma medida e tanto. O sujeito amoroso teme que o amor louco possa acabar. O amor louco termina. Você fica sem nada em suas mãos. Esta é a penúltima lição: pior do que o amor imaginário, só existe uma falta de amor concreta e progressiva.

O Sujeito Amoroso sente um buraco no peito.

  1. A relação que gira imensa e depois volta.

The Loving Subject está de volta em boa forma, desta vez sozinho. É mais ou menos nesse ponto que um infeliz velho amor (1, 2, 3 ou 4) volta a espiar do smartphone. É aqui que se experimenta a mais suprema decepção sentimental, os cinco minutos de "O que isso quer agora?". Ou - melhor ainda - "mas quem te conhece?".

  1. A trégua de relacionamento, mais conhecida como Grande Amor.

O assunto do amor realmente teve o suficiente agora. Ele está farto do amor, se os poetas o mantiverem. É o momento. Lá vem ela: a Boa Pessoa. Eles vêm juntos quase por acidente. Funciona.

O Sujeito Amoroso olha para trás sem acreditar, reflete sobre sua coleção de erros e se pergunta por que ele não começou a selecionar indivíduos com base no critério (francamente elementar): isso me trata bem, mas não.

Então aquela dor realmente não significava nada e não tinha utilidade para ninguém? Exato.

Eu sei que a conclusão é inacreditável, G … Você realmente precisa montar toda essa bagunça de erros só para parar de cometê-los? Não valeria a pena se colocar na beira do rio, pois os amantes têm o mesmo método que os cadáveres: quanto mais você espera por eles, mais eles não chegam?

Eu tento às vezes (todas as vezes) dizer "importância demais para amar", mas em quem você quer que eu acredite. Nem eu.

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