Separação: como superá-la. Da organização aos amigos – iO Donna

A separação é considerada pelos especialistas como um verdadeiro luto e, como tal, deve ser gerida e metabolizada. Começando pela organização, ou seja, livrar-me de todos aqueles objetos que pertencem ou me lembram meu parceiro e que ocupam minha casa e minha mente. Então vamos às coisas que ele me deu ao longo dos anos, cartas de amor e uma série de lembranças, como o ingresso pela primeira vez no cinema juntos, o álbum de fotos e até o primeiro buquê de rosas secas. Afaste todos os vestígios dos momentos importantes da vida do casal. Mas será o suficiente para começar a viver de novo?

Separação: apagando memórias

«Mesmo que não tenha havido uma convivência, depois de uma história importante, precisamos voltar aos trilhos. Se no momento da despedida não houver nada do outro que invadiu minha casa, é um sinal que diz muito sobre como aquela história foi vivida. Na maioria dos casos, porém, há uma escova de dentes, um roupão, talvez uma camisa e tudo o que ele ou ela tinha em mente para mim, que me lembram e me fazem reviver. E, em muitos casos, é difícil arquivar mesmo essas poucas coisas», explica a Dra. Marinella Cozzolino, psicoterapeuta, sexóloga clínica e criadora do Dimmy.it, o psicólogo online 7 dias por semana.

Gerir espaços físicos

«No caso de coabitação ou casamento, o comprometimento físico e emocional exigido é maior, pois há também a necessidade de esvaziar os guarda-roupas. E diante desse esforço, muitos dizem para si mesmos: “Não consigo”. Gerir espaços físicos é realmente muito difícil porque um guarda-roupa vazio simboliza o vazio que sentimos nas nossas vidas e que ainda não somos capazes de aceitar, talvez porque a escolha não foi nossa.Mas a casa de cada um, o lugar onde se vive, afinal, é o primeiro território onde se estabelece uma nova vida, onde se aceita a nova normalidade», continua o especialista.

Separação: mantenha uma memória

«Quando a decisão de dizer adeus é nossa, mal podemos esperar para ver o armário vazio. Nesse caso, armários e gavetas vazios são a prova tangível da ausência do parceiro. Uma ausência que nos faz sentir bem. Além disso, cada pessoa lida com a organização de maneira diferente, dependendo do seu caráter: há quem precise esvaziar completamente, quem prefira deixar objetos que mantenham viva a memória. Há também quem devolva tudo e fique com uma camisola, uma camisa, um livro para si, enfim, um elemento para manter a presença daquela pessoa na sua vida. Mas depende da paz interior que se consegue no final da história», sublinha o Dr. Cozzolino.

Não fique preso nos porquês

«A separação é um dos estresses mais poderosos que alguém pode sofrer. Sempre há traição nisso, não necessariamente física, mas traição de expectativas em qualquer caso. O "eu sempre vou te amar" , "você é meu ou minha" desaparece. Como casal, você se sente parte de nós, do qual é expulso, encontrando-se sem uma parte de si que existia apenas graças ao outro. Nestas circunstâncias, muitas vezes sente-se a necessidade de apoio psicológico para metabolizar o abandono. É um caminho que ajuda, especialmente as pessoas que entram em confinamento quebrando a cabeça para saber por que acabou. Aproximadamente 70-80% das histórias, de fato, terminam com um dos dois parceiros sem entender o porquê. E este bloqueio não lhes permite continuar a viver», sublinha o Dr. Cozzolino.

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