Câncer de mama: a gravidez e a amamentação protegem contra o risco?

O câncer de mama é a neoplasia feminina mais frequente, mas hoje, graças ao avanço das pesquisas, é cada vez menos assustador. O que antes era uma doença de difícil cura está se tornando uma doença cada vez mais tratável, principalmente se diagnosticada em estágio inicial. Saber quais fatores podem aumentar (ou diminuir) o risco de adoecer é, portanto, o primeiro passo para prevenir e evitar as piores consequências da doença.

Câncer de mama e hormônios

Os hormônios femininos desempenham um papel importante na determinação do risco de desenvolver câncer de mama.Os estrogênios e a progesterona são, de fato, capazes de estimular o crescimento das células da glândula mamária, ligando-se a receptores específicos presentes na superfície celular. Infelizmente, as células cancerígenas são capazes de explorar esse mecanismo e expressar mais receptores hormonais para se reproduzir e crescer descontroladamente. A positividade do receptor hormonal é uma característica que também é utilizada no tratamento do câncer de mama, pois existem drogas que podem neutralizar a ação dos hormônios e, assim, inibir a capacidade de divisão das células cancerígenas.

A gravidez protege contra o câncer de mama?

Vários estudos realizados nos últimos anos indicam que a gravidez e a amamentação reduzem o risco de desenvolver câncer de mama, mas apenas se a gravidez ocorrer em uma idade jovem, ou seja, entre 20-25 anos, enquanto ter um bebê depois dos 30 anos não influenciar o risco de desenvolver a doença.O efeito protetor está ligado ao fato de que durante a gravidez o ciclo menstrual é interrompido, reduzindo assim a exposição das células da glândula mamária ao estrogênio. Além disso, tanto a gravidez quanto a amamentação promovem a maturação dos tecidos glandulares da mama, protegendo-os das transformações tumorais.

Quanto a idade da primeira menstruação e o início da menopausa influenciam no risco de câncer de mama?

Como vimos, quanto mais tempo uma mulher fica exposta ao estrogênio, maior o risco de desenvolver câncer de mama, portanto, a duração de sua vida reprodutiva também tem um impacto significativo no risco de desenvolver essa doença . De acordo com estimativas recentes, para cada ano de atraso da menarca após os 11 anos de idade, há uma redução de 20% no risco de câncer de mama, enquanto aquelas que passam pela menopausa antes dos 45 anos têm risco reduzido pela metade de desenvolver a doença em comparação com quem vai para lá depois dos 55.

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